A música tem funções que só ela pode ocupar. Ela diz se estamos tristes ou alegres. Está presente antes de nascermos e na nossa despedida dá o tom. Algumas músicas do cancioneiro evangélico nos desperta e incentiva pelo momento ou inspiração do autor. Semanalmente estarei contando alguma história de hinos e a minha relação com eles. ENVIE SEU COMENTÀRIO e sua história para divulgarmos também! “Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores.”Sl 57:7
sábado, 28 de agosto de 2010
A importância da música e do louvor na liturgia metodista
Desde os tempos antigos o ser humano buscou formas de entrar em contato com Deus e agradar o Seu coração. Criou expressões corporais (danças, inclinações, prostrações...), utilizou elementos da natureza (flores, plantas, animais), formulou palavras, frases ou discursos e pôs tudo isso a serviço da celebração da vida e do Criador, e em toda sua existência, a música tem sido uma grande companheira destas celebrações. Celebrar significa, dar importância, festejar em massa, realizar uma ação solene, honrar, exaltar, cercar de cuidado e de estima. O ser humano é celebrativo por natureza. As pessoas se reúnem para celebrar aniversários, conquistas, promoções no emprego, aprovação no vestibular, formatura, vitórias esportivas etc. Os povos de todos os tempos e culturas possuíam e possuem ritos festivos para celebrar momentos centrais da vida. Muitas dessas celebrações são ritos religiosos ligados ao nascimento, adolescência e casamento. Deus se agrada de celebrações que engrandeçam o Seu nome e é por esse motivo que nossos cultos metodistas devem conter liturgias criativas, que possuam um aparato musical bastante rico, com hinos, cânticos avulsos, louvor congregacional, corais, solos, danças, e se possível, orquestras.
O povo chamado Metodista é pioneiro quando se fala em hinologia cristã. A palavra "liturgia" significa originalmente "obra pública", "É o conjunto de ritos, orações, "e cantos do culto público" que a Igreja presta a Deus, e que é determinado ou reconhecido pela autoridade eclesiástica competente. Carlos Wesley, um dos fundadores do movimento metodista foi o maior hinista da história cristã com aproximadamente 6.500 composições, e a tradição litúrgica daquela época, estava literalmente inserida em suas celebrações. Eles utilizavam os mecanismos que possuíam em mãos na época, para abrilhantar seus cultos.
Na tradição cristã, a liturgia mostra que o povo de Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, fazendo a obra de nossa redenção. A liturgia também é um diálogo entre Deus e seu povo. Esse era o pensamento dos fundadores do movimento metodista John e Carlos Wesley. No ano de 1730, quando surgiu oficialmente em Oxford, Inglaterra, o chamado "Clube Santo". João e Carlos Wesley, William Morgan e Bob Kirkham começaram a reunir-se para estudarem e cultuarem ao Senhor. Chegaram a organizar uma pequena sociedade em suas reuniões. Certamente eles também cantavam variedades de hinos ao Senhor tendo em vista o dom de compor hinos que Carlos Wesley possuía. Obviamente eles entendiam que a liturgia era uma expressão de fé. Jesus tendo fixado sua morada entre nós, revelou-nos quem é o Pai e ensinou-nos a comunicar-nos com Ele e louva-lo utilizando meios diversos de adoração inseridos em uma liturgia.
A variedade musical de nossas igrejas chegou a um nível de pobreza bastante acentuado. Hoje em dia quase não encontramos mais coros mistos quartetos, duetos, corais jovens, corais masculinos e femininos. Hoje, só se fala em louvor. Isso é muito bom, mas entendo que não é somente isso que Deus quer de nós. O Senhor é um Deus bastante criativo. Ele fez o mundo repleto de variedades na fauna, flora etc. Ele exige de nós um prefeito louvor. Um louvor variado. Não discriminatório. Um louvor agradável aos Seus olhos. O grande erro desse modismo musical, é que os dirigentes de música das igrejas locais abraçaram um estilo musical e desprezaram em gênero número e grau os demais.
A parte musical da liturgia do culto de uma igreja local pode ser renovada, contendo muitas variedades musicais que venham agradar a todos os membros; carismáticos, progressistas e tradicionais.
HINOS: A utilização de hinos avulsos e do Hinário Evangélico pode ser feita, porém com uma roupagem moderna, sem retirar a tradição de suas composições. Nosso Hinário Evangélico possui um acervo maravilhoso de hinos belíssimos. Podemos selecionar os melhores e aplicá-los no culto. Não podemos obrigar nossos irmãos, antigos fundadores de nossas igrejas locais a se adaptarem com os sons barulhentos e de nossas baterias que, na maioria das vezes são mal tocadas. Permitamos que esses amados irmãos também tenham os seus momentos de fé, contrição e enlevo espiritual no culto.
RITMOS: É essencial a utilização de louvores com ritmos variados na parte musical do culto. Se faz necessário que aprendamos a selecionar um repertório aprazível ao público e principalmente ao Senhor.
ANDAMENTOS: Essa parte é mais voltada para o baterista. Ele deve procurar tocar os cânticos com os seus andamentos originais.Não deve puxar para mais ou para menos. Deve
fazer o que está escrito. Os andamentos musicais são classificados em 3 espécies: Vagarosos, Lentos e Apressados (ou Rápidos). Os andamentos Vagarosos são: Grave, Largo, Lento e Adágio. Os andamentos Lentos são: Andante, Andantino, Larguetto, Alleg
ro, Marcial, Minueto, Scherzo, etc. Os andamentos Rápidos são: Alegro, Allegro Vivace, Presto e Prestíssimo: Para marcar os andamentos musicais o aparelho mais usado é o Metrônomo de Maezel.
GRUPOS MUSICAIS: O Coordenador do Ministério de Música e Louvor da igreja local deve usar de criatividade e organizar grupos musicais, tais como duetos, quartetos, corais jovens, adultos, solos. Isso enriquece a liturgia do culto e retira um pouco daquela mesmice de uma igreja cantar dez corinhos e ficar uma hora de pé todos os domingo, e nada mais.
BANDAS/ORQUESTRAS: Se a igreja Local tiver condições, organize bandas, Big Bands, Orquestras, Bandas Gospel. Seria mais uma opção para abrilhantar a liturgia do culto.
INSTRUMENTOS MUSICAIS: Se puder, utilize uma variedade de instrumentos musicais; não fique preso somente no teclado, bateria, guitarra e contrabaixo elétrico. Já pensou em utilizar no seu Ministério de Louvor uma trompa, um violino, viola, violoncelo, contrabaixo de cordas, clarineta, flauta doce ou transversal, um violão acústico. Crie um
nipe de metais: saxofone, trompete, trombone. São instrumentos de boa aceitação.
BACK VOCAL: Na ministração do louvor, líder deve criar no seu grupo um back vocal, dividir as vozes, trabalhar bem a questão da dinâmica, procurando melhorar a cada passo a qualidade vocal de seus cantores.
TEMPO DOS CÂNTICOS: Não deve demorar muito na ministração dos louvores. O
ministro deve selecionar cânticos que tenham a ver com o momento do culto.
ALTURA DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E MICROFONES: O técnico de som deve regular bem o instrumental, vocal e back vocal. Ele não deve se esquecer de que existe uma vizinhança nas proximidades da igreja. Deve aumentar o som o suficiente para que a igreja ouça com nitidez.
Creio que, com esse artigo percebeu-se o quanto que, a execução de uma boa música enobrece a liturgia de um culto metodista. Por isso, amado pastor, invista na qualidade musical de sua igreja local. O nosso povo chamado Metodista e, principalmente o Senhor Jesus, merecem.
Rev. Edson Mudesto é pastor coadjutor na Igreja Metodista de Ricardo de Albuquerque, Ministro de Louvor, regente da Big Band e professor de música (edmud@uol.com.br).
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O BOM PASTOR
É muito bom estar ao lado de um Salvador para o qual não há problema ou circunstancia dificil. Com Ele podemos esperar tudo e a resolução de tudo se fará, não como um passe de mágica, mas com a certeza que só a fé produz.
As vezes somos tentados a apresenta um salvador que não o Cristo mas, um super herói que nos livra, como que por encanto, das mazelas de nossas vidas.
O Salvador Jesus, mais que nos livrar das dores e pesares do dia a dia, nos quer livrar destes conceitos toscos e insensatos que pregamos sem respaldo em suas palavras
Reflitamos pois nesta canção e na história de seu autor.
Fonte: www.portalevangelico.pt
Dado o interesse histórico tomamos a liberdade de reproduzir o texto publicado no periódico "Portugal Evangélico" de 1971 - Samuel R. Pinheiro (webmaster)
ESBOÇO BIOGRÁFICO DE UM PIONEIRO - Robert Hawkey Moreton
No ano de 1844 nasceram dois meninos: um em Janeiro, na cidade de Buenos Aires, e outro em Novembro, no Porto. Apesar da grande distância que os separava na altura do seu nascimento – um oceano -, as suas vidas estavam destinadas a confluir duma maneira extraordinária no estabelecimento e desenvolvimento do Obra Evangélica em Portugal. Ambos eram ingleses, mas ambos dedicaram as suas vidas e entregaram os seus corações a Portugal. O primeiro, Robert Hawkey Moreton, jaz em solo português no Cemitério Britânico de St. James, no Porto; o outro, James Cassels (já contei sua história em outro hino), mais tarde naturalizou-se português, tomando o nome de Diogo, nome pelo qual é mais conhecido e honrado. Faleceu em 1923, e jaz sepultado em Vila Nova de Gaia.
É sobre a vida do primeiro destes dois grandes vultos que agora escrevemos estas breves palavras.
Robert Hawkey Moreton, como dissemos, nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 10 de Janeiro de 1844; o seu pai, também Robert, tinha emigrado de casa paterna, outro Robert, da Cornualha, antes de 1830. A família regressou a Inglaterra em 1861, possivelmente para evitar que Robert Hawkey tivesse que prestar serviço militar no exército argentino, e fixaram residência em Helston, Cornualha.
O jovem Robert começou a estudar medicina no Hospital de S. Bartolomeu («Bart’s»), Londres, mas, ouvindo a chamada para o ministério da Igreja Metodista Wesleyana, entrou no Seminário de Richmond, Londres, em 1864, e após três anos lá, foi nomeado pastor à prova para o circuito de Helston , Cornualha, passando depois para St. Colomb, Ilhas Scilly (Sorlingas), onde se encontrou com a sua futura esposa, Agnes Banfield. Terminado o seu período de prova, foi ordenado ministro em plena conexão na Igreja Metodista Wesleyana, em 3 de Agosto de 1870, na Conferência Anual, na cidade de Burslem, Inglaterra. No mesmo ano ofereceu-se para o serviço missionário, mas a sua oferta em princípio não foi aceite. Mais tarde no mesmo ano, em Novembro, a Sociedade Missionária Metodista Wesleyana convidou-o a trabalhar em Portugal, onde ocasião de oportunidade se estava a abrir – em consequência dos seus conhecimentos de espanhol (!), língua que já tinha usado ao distribuir tratados entre os marinheiros espanhóis nas docas do Tamisa, em Londres.
Chegou ao Porto no dia 16 de Fevereiro de 1871 com a sua noiva, com quem casara três semanas antes. Exerceu o seu ministério aqui até à sua morte em 1917, quarenta e três anos no ministério activo e três em aposentação. Logo nos primeiros dias ele soube o que era sofrer perseguição popular, chegando muitas vezes a casa, depois de tentar pregar, coberto de lama; mas ele sobreviveu a esta fase, e tornou-se muito respeitado e estimado; através dos anos os seus dons como pregador, ensinador, administrador e organizador foram bem exercidos. O seu Metodismo foi do tipo clássico; ele edificou tudo na base da reunião de classe, e só admitia pessoas como membros depois do devido, e às vezes demorado, período de prova por parte de cada candidato. Cartões de membros meticulosamente escritos pela sua própria mão – e a sua letra continuou meticulosa até ao fim – datam do primeiro ano do seu ministério cá em Portugal; a sua pregação sobre a procura da perfeição cristã atraiu muitos, incluindo alguns piedosos católicos romanos que estavam a procurar o mesmo caminho. Traduziu uma quantidade de hinos para o português e colaborou na compilação de uma sucessão de hinários; introduziu o sistema de solfejo tónico em Portugal; traduziu algumas obras populares, algumas meio-polémicas, tais como «O Convento Desmascarado» da ex-freira Edith O’Gormon, e «O Padre, a Mulher e o Confessionário» do ex-padre Chiniquy; escreveu muitos artigos e tratados de controvérsia. Foi, também, durante quatro anos, director de «A Reforma». Sofreu progressivamente durante todos os longos anos que viveu em Portugal, de asma brônquica, que em certo sentido foi parte do sacrifício que ele fez ao dedicar-se à obra do Senhor no Norte de Portugal.
Seu filho, também Robert, foi durante alguns anos secretário da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em Lisboa, e um seu neto, que também foi ministro metodista, foi morto na segunda guerra mundial.
Robert Hawkey Moreton jaz, com sua esposa e um dos seus filhos, no Cemitério Britânico do Porto. R. I. P.
ALBERT ASPEY
Texto extraído da revista “PORTUGAL Evangélico” – órgão oficial das Igrejas Metodistas e Presbiterianas de Portugal – 1º semestre de 1971
QUERO O SALVADOR
Quero o Salvador comigo;
Ao Seu lado sempre andar;
Quero tê-Lo perto,
No seu braço descançar.
Confiado no Senhor,
E fruindo seu amor,
Seguirei no meu caminho,
Sem tristeza e sem temor.
Quero o Salvador comigo,
Porque fraca é minha fé;
Sua voz me dá conforto,
Quando me vacila o pé.
Quero o Salvador comigo,
Dia a dia em meu viver,
Através de luz ou sombras,
No desgosto e no prazer.
Quero o Salvador comigo,
Sábio Guia e Bom Pastor,
Nesta vida e além da morte,
Longe do perigo e dor.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
UM ANO MAIS DE VIDA
Completar mais um ano de vida é um momento em que fazemos algumas reflexões e avaliações do período passado. Paramos também para fazer planejamentos e preparar-nos para uma nova e esperada etapa, fazemos balanço e nem sempre nos satisfazemos com os resultados apurados.
Mas, não seria bom que fizéssemos isso no nosso dia a dia, não seria mais rápido o encontro com nossos erros e o aperfeiçoamento de nossos acertos?
Pois é, quero viver, d’ora avante, em estado de balanço permanente. Desejando estar sempre na parte positiva, embora eu saiba que isso não é permanente.
Obs.:
Este post é curto, mas é para eu me lembra de agradecer a DEUS por mais um ano de vida.
O vídeo não é tão bom, quanto à qualidade do material ou do grupo, mas me lembra muito os cultos de ações de graça em família.
É na simplicidade que nosso louvor aparece de forma verdadeira!
Obrigado Senhor por mais um ano de vida!
DEUS SEJA LOUVADO!
Graças pelo aniversário
Um ano mais de vida
guardou-vos o Senhor
e deu-vos fiel guarida
no seu divino amor.
De coração dai graça
ao vosso eterno Pai!
Pois mais um ano passa,
a Deus mil graças dai.
De noite e em claro dia,
no inverno e no verão,
na dor e na alegria,
gozastes proteção.
No coração que ama
ao terno Salvador
existe um canto alegre
que espalha o seu louvor.
Ensina-nos, ó Cristo,
o que convém lembrar,
e todo o nosso tempo
no bem aproveitar.
(Hinário Presbiteriano 396)